É possível morrer de calor?

As estações muito quentes fazem com que as pessoas se sintam preguiçosas, cansadas e com mais sede do que o habitual.

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Quando os termômetros mostram acima de 40ºC e a umidade permanece baixa, essa combinação afeta diretamente o corpo humano.

Mas é possível morrer de calor?

Alega-se que literalmente ninguém morre de calor. O que acontece é que a exposição excessiva a altas temperaturas desencadeia diversas alterações no organismo.

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Essas alterações podem ser graves e depois levar à morte.

Para entender como essa condição afeta o corpo humano e quais são seus reais riscos.

O Canaltech conversou com o cardiologista Marcelo Sampaio.

Que faz parte da equipe médica da Beneficência Portuguesa em São Paulo.

Hipertermia e altas temperaturas

Para entender como o calor nos afeta, o conceito de hipertermia vem de elevar o calor do corpo a um nível em que não pode ser dissipado.

“Nossos corpos operam em uma faixa estreita de temperatura de 36°C a 36,7°C.

Que é nossa faixa normal. Se saíssemos dessa faixa, teríamos hipertermia classificada como moderada, moderada ou grave.

Acima de 40°C ou não nosso corpo temperatura, seria grave e grave em nosso ambiente. há hipertermia acentuada”, diz o cardiologista.

Embora o corpo humano resista a flutuações externas de temperatura que o afetam internamente.

Suas respostas variam dependendo das condições atuais e dos tempos de exposição. “Com uma temperatura acima de 40°C e luz solar direta por mais de uma hora.

Você já pode ter sintomas de hipertermia. A primeira coisa que acontece é a perda de água, a desidratação do corpo”, disse Sampaio.

Ao mesmo tempo, o corpo começa a suar muito e a pessoa se sente fraca.

O que o calor extremo pode fazer com nossos corpos?

“Depende muito da temperatura em si, do tempo de exposição e de onde você está”, diz o cardiologista.

O que significa que o risco não é, digamos, caminhar alguns quarteirões até a loja.

A superexposição ao calor pode causar disfunção orgânica e afetar gravemente o indivíduo.

No lado neurológico, você pode sentir uma dor de cabeça muito forte, tontura, irritabilidade, mudança de comportamento, desmaio e às vezes até desmaio.

Em condições desfavoráveis, uma pessoa pode ficar inconsciente (estupor) e “se a pessoa ficar muito tempo exposta.

O que pode acontecer do ponto de vista neurológico, muitas vezes um coma”, explica o médico.

Na parte de cardiologia, a pressão cai. A frequência cardíaca e a espessura do sangue (espessamento) também aumentam.

O que pode desencadear a formação de coágulos sanguíneos.

Esses coágulos sanguíneos também podem obstruir as artérias, causando um ataque cardíaco ou derrame, dependendo de onde o fluxo sanguíneo é interrompido.

Além de outros sintomas, uma pessoa pode ter cãibras nas mãos e nos pés devido ao calor excessivo.

Além disso, ocorrem alterações na pele como vermelhidão (vermelhidão), ressecamento e até queimaduras.

Essa perda de líquido na pele também pode desencadear certos tipos de infecções.

“Esse é um conjunto de fatores que podem ocorrer quando uma pessoa fica muito tempo exposta ao calor extremo”, conclui Sampaio.

Altas temperaturas e risco de morte

Os maiores riscos de aumento de temperatura dependem da idade e condição física da pessoa. Por exemplo, um atleta pode suportar condições extremas.

Muito melhor do que uma pessoa com sobrepeso e inativa.

“Em geral, temperaturas acima de 40°C e exposição por mais de uma hora fazem qualquer um se sentir mal”, diz Sampaio.

Nesse sentido, as crianças estão no grupo de risco porque ainda estão na fase de educação e desenvolvimento.

Por outro lado, as altas temperaturas podem afetar principalmente idosos e pessoas com condições pré-existentes, como problemas cardíacos.

Pois a exposição prolongada a essas condições pode causar aceleração e distúrbios do ritmo cardíaco.

No verão europeu, em junho e julho, são relativamente comuns relatos de morte por ondas de calor. Por exemplo, na França em 2019.

A temperatura subiu para 46 graus Celsius e cerca de 1.500 pessoas morreram.

A maioria delas idosas. Já em 2022, o Reino Unido sofreu 40,2°C em julho, o dia mais quente já registrado.


*Fonte de pesquisa: Canaltech

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