O El Niño atinge o Brasil, região por região, entenda como funciona

O El Niño, fenômeno natural sediado no Oceano Pacífico equatorial, consegue afetar as condições atmosféricas em todo o mundo, inclusive no Brasil.

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Além de aumentar a temperatura média, também pode provocar secas severas e até chuvas fortes e temporais, dependendo da região.

Funcionários meteorológicos já confirmaram que o El Niño ocorreu este ano – o evento ocorre em intervalos irregulares.

De fato, o fenômeno, que causa o aquecimento da superfície das águas do Oceano Pacífico e se espalha por todo o mundo, está oficialmente ativo desde o início de junho.

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Segundo as análises feitas pela NASA.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os primeiros sinais do El Niño foram observados em fevereiro.

“quando surgiram anomalias positivas [diferença entre o valor registrado e a média histórica].

Na temperatura da água do Oceano Pacífico Equatorial próximo ao Oceano Pacífico equatorial”.

Oeste. litoral do país. América do Sul”. Os desvios de temperatura em junho variaram de 0,5 °C a 3 °C.

O último El Niño registrado até então ocorreu em 2018-2019 e foi considerado fraco por especialistas.

O anterior registrado entre 2014 e 2016 foi forte e esteve associado a eventos climáticos extremos. A tendência é que o fenômeno seja forte também nesta temporada.

Como o El Niño está afetando o Brasil?

O El Niño tem um efeito multifacetado no Brasil e pode estar associado a mudanças na circulação atmosférica (ventos).

Transporte de umidade, temperatura e precipitação. A ideia é que os efeitos sejam altamente dependentes da região do Brasil analisada, conforme abaixo:

zona norte

Para o Inmet, o fenômeno El Niño pode causar secas moderadas a severas nas regiões norte e leste da Amazônia.

Devido à baixa humidade, o risco de incêndios florestais aumenta na região Norte.

Áreas florestais ainda mais degradadas, onde a probabilidade de incêndio é ainda maior, precisam ser monitoradas.

região nordeste

Assim como na Amazônia, o El Niño provoca secas de intensidade variável no norte do Nordeste.

O evento, que aquece as águas oceânicas, não afeta significativamente as partes sul e oeste da região.

região sudeste

No sudeste, o Inmet acredita que o El Niño não vai alterar a frequência das chuvas, exceto no estado de São Paulo, extremo sul.

Apesar disso, as temperaturas médias geralmente aumentam moderadamente no inverno e no verão. O ar é seco e o risco de incêndio é maior no inverno e na primavera.

região centro-oeste

Novamente, não há evidências ligando as mudanças na dinâmica da precipitação ao El Niño em grande parte do Centro-Oeste, mas há uma exceção:

O sul do Mato Grosso do Sul, que apresenta alta precipitação e temperaturas acima da média.

A probabilidade de incêndio aumenta no inverno e no início da primavera devido à baixa umidade.

zona sul

Na região sul, podem-se esperar chuvas intensas e prolongadas, principalmente na primavera e no verão.

Enchentes e inundações podem ocorrer, causando a propagação de doenças infecciosas.

Além disso, quando ocorre o evento climático, a temperatura média aumenta, o que reduz a força da frente fria.

Deve-se notar aqui que, embora as conclusões do Inmet sejam apoiadas por dados históricos, elas não são sequer leis, muito menos imutáveis.

Nota-se “diferentes efeitos dependendo da configuração e intensidade do fenômeno”, especialmente quando combinados com os efeitos da mudança climática do El Niño.


*Fonte de pesquisa: Inmet

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