Twitter vale apenas 45% do que Elon Pagou

Em documento interno para funcionários do Twitter, Elon Musk revelou que estimou o valor da rede social em US$ 20 bilhões, ou R$ 104,55 pelo preço atual.

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O dinheiro representa 45% do que o bilionário sul-africano pagou para adquirir a plataforma há cinco meses.

A carta, consultada por diversos sites de notícias norte-americanos, anuncia que os funcionários receberão ações da X Holding na bolsa de valores.

Empresa responsável por supervisionar o Twitter, já que foi comprada por Musk.

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De acordo com o programa de financiamento de ações.

A plataforma de microblogging enfrenta os valores de mercado do Pinterest (US$ 99 bilhões) e do Snapchat (US$ 96 bilhões).

Outro comentário sobre o diário, feito por Zoë Schiffer, do portal Platformer, aponta para o jornalista que Musk se refere ao Twitter.

Como “o início da regressão” por conta das mudanças que se espera que ele precise para salvar a plataforma.

No entanto, de acordo com o The Verge, é provável que alguns desses desafios tenham sido causados ​​justamente pelas mudanças radicais de Musk.

Como o novo Twitter Azul com verificação de assinatura e tudo o que isso implica.

Um dos piores resultados da verificação cadastral foi a fuga de anunciantes do site, incluindo contas falsas.

E fake news que se espalharam logo pela manhã quando algo novo foi lançado.

Como mostra um relatório recente da Vox, mais da metade das 1.000 principais empresas que pagaram por anúncios no Twitter deixaram de ser contratadas para os anúncios.

Isso foi adicionado à lista de problemas financeiros da empresa, que incluía dívidas decorrentes de contas não pagas aos proprietários.

Uma consultoria, outra companhia aérea privada e muitos outros.

Em dezembro, a empresa registrou queda de 40% no faturamento em relação ao ano passado.

Elon Musk e a mídia

Quando a agência de notícias AFP perguntou sobre a queda de preço da empresa, o Twitter respondeu diretamente com um emoji de cocô.


*Fonte de pesquisa: The Verge

A situação do Twitter sob a gestão de Elon Musk se tornou um dos tópicos mais debatidos no cenário tecnológico e empresarial atual. Desde a aquisição, o que muitos esperavam ser uma reinvenção da plataforma acabou se transformando em uma crise de identidade e valor. A nova avaliação de US$ 20 bilhões, que representa uma queda acentuada em relação ao que Musk pagou, não é apenas um reflexo do atual cenário financeiro, mas também um indicativo das profundas mudanças que a empresa enfrentou.

A drástica perda de valor não se limita apenas ao monetário. A reputação da marca também está em jogo, uma vez que a plataforma tem enfrentado uma série de críticas, tanto de usuários quanto de anunciantes. Com a implementação de novas políticas, como a verificação de contas através do Twitter Azul, Musk buscou gerar receita rápida, mas o efeito colateral foi a desconfiança dos usuários e a migração de anunciantes, que não querem associar suas marcas a uma plataforma com um histórico recente de desinformação e contas fraudulentas.

O impacto no setor publicitário é alarmante. Muitas empresas, que antes viam o Twitter como uma peça-chave em suas estratégias de marketing digital, agora hesitam em investir. A saída de mais da metade das 1.000 principais empresas que anunciavam na plataforma é um alerta claro de que a confiança está abalada. Isso poderia resultar em um ciclo vicioso: a queda na receita publicitária leva a cortes de custo, o que pode resultar em menos inovação e suporte ao usuário, perpetuando a deterioração da experiência na plataforma.

Além disso, a abordagem de Musk em relação à mídia e à comunicação só exacerba a situação. O uso de um emoji provocativo como resposta a uma pergunta sobre a queda do valor da empresa pode ser visto como uma tentativa de minimizar críticas, mas também reflete uma falta de seriedade em lidar com questões financeiras e de reputação. As redes sociais, em sua essência, exigem um certo nível de responsabilidade e transparência. Respostas que parecem desdenhosas podem alienar ainda mais usuários e anunciantes.

Outro fator que merece destaque é a competição acirrada. A comparação com plataformas como Pinterest e Snapchat, que mantêm valores de mercado significativamente mais altos, ressalta a necessidade urgente do Twitter de reavaliar sua proposta de valor e sua posição no mercado. O que uma vez foi visto como um líder inovador nas redes sociais agora parece estar lutando para se manter relevante. A situação exige uma análise crítica e uma estratégia bem elaborada para recuperar a confiança e reverter a trajetória de declínio.

Ademais, a estrutura organizacional do Twitter também passou por transformações. Com a saída de muitos executivos sêniores e a reestruturação das equipes, a incerteza permeia a cultura corporativa. Funcionários podem sentir-se desmotivados ou inseguros sobre o futuro da empresa, o que pode impactar a produtividade e a qualidade do serviço oferecido. Um ambiente de trabalho saudável e motivador é crucial para a inovação e a resolução de problemas, e a falta disso pode ser um obstáculo significativo para a recuperação do Twitter.

O futuro do Twitter, sob a liderança de Musk, é incerto. Enquanto ele busca implementar mudanças rápidas para tentar reverter a situação, a natureza dessas mudanças precisa ser avaliada com cautela. O apelo a uma base de usuários mais ampla e diversificada, bem como a necessidade de reconquistar anunciantes, exigirá não apenas inovação, mas também um compromisso genuíno com a qualidade e a segurança da plataforma.

Em suma, a nova avaliação do Twitter serve como um ponto de reflexão tanto para investidores quanto para usuários. A capacidade de Musk de transformar a plataforma em um espaço seguro e atraente será um teste crucial para o futuro da empresa. Para além das finanças, trata-se de restaurar a confiança em uma marca que, por muito tempo, foi vista como um pilar da comunicação moderna. A resiliência do Twitter em tempos difíceis pode, de fato, depender de uma nova visão e, mais importante, de uma abordagem que priorize a experiência do usuário e a integridade da informação.

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